Entenda
o funcionamento, aplicação e benefícios da ozonioterapia
por Alex
Botsaris
A
ozonioterapia é o tratamento feito com a utilização de ozônio, um gás formado
por três átomos de oxigênio. Ele foi descoberto em 1840 por Schönbein, ao expor
oxigênio a descargas elétricas. A ozonioterapia foi descoberta pelo Dr. Erwin Payr,
médico e professor de cirurgia na Universidade de Leipzig, na Alemanha, que
escreveu um trabalho intitulado "O tratamento com ozônio na
cirurgia".
Payr
havia visto seu dentista usar ozônio para desinfetar as cavidades dentárias nos
seus tratamentos e teve a ideia de usá-lo para reduzir a incidência de infecção
no pós-operatório; um problema no tempo em que os antibióticos ainda não
estavam disponíveis.
Sua
conclusão foi que o ozônio auxiliava na prevenção de infecção. Nessa época já
se conhecia o poder antimicrobiano do ozônio, mas o método ficou restrito a
médicos alemães e austríacos.
A
ozonioterapia ficou esquecida por muitos anos e só começou a ser mais falada e
investigada a partir do surgimento da medicina ortomolecular, porque se
descobriu que o ozônio é um potente estimulante dos sistemas antioxidantes
endógenos, e tem potencial para prevenir várias doenças degenerativas que se
caracterizam por uma atividade oxidativa elevada.
A
ozonioterapia foi trazida para o Brasil na década de 1970 pelo médico Heinz
Konrad, que até hoje aplica, e é um grande entusiasta do método. Para se fazer
a ozonioterapia é necessário um aparelho de ozônio medicinal, que prepara
misturas específicas de oxigênio e ozônio que são as preconizadas para fins
terapêuticos.
Benefícios
do ozônio
Além de
estimular os sistemas antioxidantes endógenos, o ozônio tem vários outros
efeitos interessantes. Ele é um potente vasodilatador e melhora a curva de
dissociação da hemoglobina com o oxigênio, melhorando a oxigenação tecidual,
ele estimula a liberação de mediadores da imunidade como interferons e citocinas,
e também tem efeito direto sobre diversos agentes infecciosos como vírus,
bactérias e fungos.
A
ozonioterapia tem mais evidência científica no tratamento de úlceras crônicas,
em especial em pacientes diabéticos, e no tratamento do pé diabético (*). Além
de alguns estudos clínicos comprovando esses resultados, a melhora é tão rápida
e evidente em uma doença de prognóstico ruim que já poderia estar num patamar
mais validado e acessível para uso dos pacientes. Assim, seu uso tem mostrado
resultados também em outros problemas das artérias, como insuficiência vascular
periférica e acidentes vasculares encefálicos do tipo isquêmico.
Os
efeitos viricidas do ozônio são particularmente potentes sobre os vírus da
hepatite B e C, e sobre o vírus herpes. Por isso seu emprego, ainda
experimental, tem sido feito em herpes zoster, herpes simples de repetição ou
no tratamento de hepatites crônicas quando o tratamento convencional falhou e o
paciente está evoluindo de forma desfavorável. Ainda são passíveis de ter
resultados, usando a ozonioterapia como tratamento adicional de suporte, a
síndrome da fadiga crônica, colites inespecíficas, osteomielite e outras
infecções crônicas que estão respondendo mal aos antimicrobianos, e portadores
de retinopatia diabética ou degeneração macular senil.
*Pé
diabético: pequenas lesões nos pés de diabéticos que evoluem com infecção e
necrose, em geral levando à amputação de parte da perna.
Atenção!
Esse
texto e esta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um médico
e não se caracterizam como sendo um atendimento.
VEJA
TAMBÉM:
Sobre o
gás ozônio
História
da ozonioterapia
Ozonioterapia
no mundo
Sobre a
ozonioterapia
Indicações
e benefícios
Vias de
aplicação
Ozonioterapia
na odontologia
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MUITO BOM . MUITO BOM MESMO. É PENA QUE O CREMEPE - CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE PERNAMBUCO NÃO AUTORIZA O TRATAMENTO.
ResponderExcluirO PODER DAS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS É D + !!!