O presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Sidney Klajner, concedeu entrevista ao programa Poder em Foco. A gravação foi em 3 de junho de 2020 e o programa foi exibido em 14 de junho de 2020.
O presidente da
instituição relata que não há ainda como dizer qual é o padrão de imunidade que
se manifesta em diversas pessoas que se recuperam depois da infecção pelo
coronavírus.
Depois da cura, há
pessoas que têm imunidade em até 45 dias. Mas outros indivíduos se curam sem
desenvolver esse anticorpo, chamado de IgG (imunoglobulina da classe G).
“Existe muita
dúvida. A gente tem orientado quem tem alta do hospital ou quem se cura depois
de 14 dias de sintomas leves a ter um comportamento igual, como se não tivesse
tido a infecção, com uso de máscara, álcool em gel. A imunidade não é tão
confiável como em outras viroses, como sarampo e catapora”, completou.
Ou seja, as pessoas
que já foram infectadas e que já não apresentam mais sintomas, ou seja, que
estariam curadas, elas têm que continuar a ter cuidado porque ainda não há na
ciência uma certeza absoluta sobre o grau de imunidade que cada uma delas
desenvolve.
Além disso, o vírus
tem mutações: há 30 cepas diferentes no Brasil, sem falar em outros países.
“Às vezes, o IgG é
um anticorpo voltado a uma característica genética e a mutação do vírus
‘dribla’ essa imunidade. Existem diversos fatores ainda a serem descobertos e
que têm atrasado também, obviamente, a criação de uma vacina, porque a vacina
depende da geração de imunidade em uma pessoa”, explicou.
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